Quase escrevi este texto há seis meses, achando que Nelson
Mandela não resistiria a mais uma internação. Ficava imaginando se o mundo
seria capaz de homenageá-lo à altura do que representa.
Esperei três dias após a sua ausência para perceber que
tudo o que escreveram e mostraram na TV e Internet, está sendo muito pouco para
o que Madiba fez pela África e pelo mundo.
Madiba é o pai da África, da negra e da branca.
Qual figura faria melhor que Mandela?
Semear a esperança, a tolerância e o respeito, em um
ambiente de hostilidade e segregação, foi o caminho perfeito para minimizar os
efeitos do racismo e da desconfiança.
A luta contra o Apartheid fez Mandela pagar um preço alto
– sua liberdade.
O homem submetido ao confinamento não se deixou esmorecer,
mesmo exposto às chagas do isolamento, intensificou seus estudos e traçou lentamente
a brilhante estratégia que se iniciou com a sua libertação em 1990, e culminou
com a primeira Copa do Mundo na África, em 2010.
Mandela que sim, buscou incansavelmente a igualdade entre
as raças e entre os povos, nos deixa um legado sem tamanho, uma obra sem
precedentes no que tange à integração humana.
Merecia sim, ser homenageado aos quatro cantos, pelos
povos oprimidos e pelos opressores, pelos negros e pelos brancos.
Sinto-me honrado em ter visto a história ser escrita
através das atitudes de Nelson Mandela.
Viva Mandela!